O presidente da UNSP (União Nacional dos Servidores Públicos - Seção Betim), Rosivaldo Alemão, está pessimista em relação a atual situação do funcionalismo público municipal. Com a data-base se aproximando, ele acredita que, a exemplo de anos anteriores, a categoria não terá nem mesmo reajuste para reparar as perdas com a inflação. “Nossa perda salarial chega a 30%, fora os aumentos que já não acontecem a bastante tempo”, explicou.
Alemão diz que os servidores estão sem apoio político para pleitear aumento salarial e que o vereador eleito em 2012 como representante da categoria, Klebinho Resende, sempre se mostrou omisso. “Sessenta por cento da votação que ele teve saiu do funcionalismo. No entanto, Klebinho nunca apresentou um projeto ou defendeu o servidor quando houve necessidade”, afirmou o presidente da UNSP
O dirigente sindical também denuncia que a prefeitura está promovendo aumento para algumas categorias de servidores, contrariando a legislação vigente que estabelece isonomia. “Em fevereiro, os técnicos em programação receberam reajustes que chegaram a 50%. Saiu no Diário Oficial do Município. Isso eu questionei no dia em que a promotora estava na Câmara Municipal. Tanto o Klebinho quanto a Câmara não se manifestaram”, denunciou Alemão.
Para o presidente da UNSP, a falta de atuação do vereador junto ao funcionalismo é explicada pelos compromissos que o parlamentar tem junto ao Executivo. “Ao assumir o mandato, ele viu que a realidade é bem diferente daquela que ele programou ao ser eleito. Ele teve que fazer o que o Executivo determinava”, opinou Alemão.
O dirigente pede aos servidores municipais que estudem com cuidado as candidaturas a vereador que estão sendo colocadas e que não reelejam os atuais parlamentares. “Aquele que for votar em um vereador que está candidatando à reeleição que repense. Procure saber da vida dele, se ele participa ativamente dos trabalhos na Câmara. Tem vereador alí que juntando tudo não dá um ano de trabalho”, afirma o presidente da UNSP-Betim.
A assessoria de Imprensa da prefeitura informou que o aumento salarial deveu-se ao aumento da carga horária de trabalho dos servidores da Superintendência de Tecnologia da Informação (STI), que, de seis horas, passou a ser oito horas diárias.
Através de email, a redação de o jornal buscou um posicionamento do vereador Klebinho, mas, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.
O Citrolândia