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Categoria: Cartéis
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Quantos de nós já não ouviu falar do chamado Instituto da Impunidade? Certamente a maioria absoluta, esmagadora, senão a totalidade. E se pensarmos a respeito do que sobrevive esse hediondo Instituto da Impunidade? Também com certeza todos nós teremos a resposta: o descaso das autoridades da área da segurança pública e, também, a não menos hedionda permissividade e brandeza da legislação penal brasileira.

 

Já ouvi e assisti a dezenas e dezenas de debates e discussões sobre a redução ou não da maioridade penal (de 18 para 16 anos) como um dos possíveis elementos, caso houvesse a redução, que iria contribuir para diminuir os alarmantes índices de assassinatos. Não tenho certeza de que isso efetivamente iria trazer benefícios à sociedade como um todo. Tenho a convicção, sim, de que o fim da impunidade daria uma contribuição bem maior para os cidadãos de bem. A certeza da punição exemplar será o melhor remédio.

Paralelo a essa discussão toda, aparece, para completaro quadro de insegurança crescente em que vivemos, o descaso não menos hediondo com que são tratados inúmeros assassinatos pelas autoridades constitucionalmente concebidas para desvendar os crimes, indentificar os responsáveis e encaminhá-los ao poder Judiciário para a competente punição.

Cito o exemplo cristalino do assassinato do meu amado filho Mário, em seus apenas 20 anos de idade. Não é o único. Há dezenas de pais que, como eu, estão à espera do competente trabalho das autoridades da área da segurança pública para identificar os verdadeiros assassinos e mandá-los para enfrentarem o júri popular.

Agora chegamos aos 101 meses. Isso mesmo: 101 meses ou 3.030 dias da trágica noite de 29 de setembro de 2005, quando meu amado filho Mário foi brutal e covardemente assassinado quando se dirigia à casa de amigos e colegas de infância para uma confraternização sadia, combinada entre eles para ocorrer todas as quintas-feiras, quando possível.

De lá para cá tenho vivido, como vocês todos sabem, dias de intensa angústia e apreensão. Não sei o que efetivamente aconteceu naquela noite. Não sei quem assassinou meu amado filho Mário; quem foram os mandantes e, principalmente, por qual motivo ceifaram sua vida de tão precocemente.

Meus dias têm sido sombrios, escuros, doloridos. A saudade toma minha mente de assalto, aperta-me o peito e faz brotar lágrimas em meus olhos. O coração dispara e fixo o olhar em lugar algum à procura de uma luz que me dê forças para prosseguir minha missão neste mundo terreno.

Deus e as amigas e os amigos me confortam, enquanto as autoridades responsáveis, pagas com o dinheiro de todos os contribuintes, inclusive o meu, continuam como se inertes fossem; insensíveis à dor de um (para não dizer dezenas) de Pais que cobra resultado satisfatório das investigações e de todos os demais procedimentos.

Estou aqui, diante de vocês mais uma vez, para demonstrar  minha completa indignação, minha revolta, reafirmo, bem distante do sentimento de vingança, mas aliado ao sentimento de Justiça, renovando minha dor e manifestando minha disposição de continuar cobrando até que os assassinos do meu amado filho Mário sejam identificados e encaminhados para julgamento.

Minha luta jamais irá cessar.

 Sérgio, Pai do Mário Sérgio

 
 

São Mais de 100 MIL HOMICÍDIOS todos os anos no Brasil, Pais Líder Mundial do ranking de Homicídios.

O Brasil representa 2% da população mundial, e somos responsáveis por 11% dos homicídios que ocorrem no mundo, sem considerar suicídio, latrocínio, roubos, furtos e outros crimes correlatos.


Não espere a VIOLÊNCIA CHEGAR a sua FAMÍLIA!!!!!!!!!!!!!!!!!