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Reunião nesta terça (24) quer apurar possíveis prejuízos da medida para motoristas e passageiros na RMBH.

A ausência de cobradores em linhas de ônibus em período integral ou fora dos horários permitidos será discutida nesta terça-feira (24/4/18), às 14h30, em audiência pública da Comissão de Participação Popular sobre a situação do transporte coletivo na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). A reunião será no Auditório da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

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Foto: Daniel da Silva/Ônibus Brasil

“Há relatos de que os motoristas passaram a desempenhar múltiplas funções, como conduzir o coletivo, cobrar, receber, dar trocos, liberar catraca e ainda operar elevador de cadeirantes. Precisamos debater até que ponto isso é prejudicial”, afirma o deputado Doutor Jean Freire (PT), presidente da comissão, que solicitou a audiência.

O deputado destaca que a intenção da comissão é discutir a fundo as consequências da ausência de cobradores para motoristas e passageiros. Para isso, são aguardados na audiência representantes do poder público e ainda de trabalhadores, empresas de transporte e usuários do sistema.

Segundo o parlamentar, o requerimento da reunião foi proposto a partir de demanda apresentada por integrantes do Movimento Volta Cobradores de Contagem, onde várias linhas já estariam circulando sem os agentes de bordo, a exemplo do que estaria ocorrendo gradativamente em Belo Horizonte durante períodos diurnos.

Polêmica - A retirada dos cobradores do transporte coletivo tem gerado controvérsias. No caso de Belo Horizonte, as linhas do sistema BRT Move e veículos especiais podem operar sem o cobrador em período integral, conforme a Lei Municipal 10.526, de 2012. Para as demais linhas, a ausência do cobrador seria restrita ao horário noturno, domingos e feriados.

Representantes dos trabalhadores e de usuários, contudo, falam em desrespeito à norma, o que já teria provocado centenas de demissões de cobradores na Capital, resultando em sobrecarga para motoristas e riscos para passageiros. Mencionam, ainda, que as viagens sem cobrador também durante o dia seriam uma forma de pressão das empresas sobre o poder público, para que seja autorizado um aumento nas passagens.

Já a Prefeitura de Belo Horizonte divulgou em março que teria sido acordado com as empresas que não haveria a extinção de postos de trabalho, mas sim a requalificação dos cobradores. "A Prefeitura de Belo Horizonte está atenta ao problema dos cobradores e esclarece que, em acordo com as empresas, não haverá as demissões alardeadas", aponta o comunicado.

Segundo a PBH, atualmente cerca de 80% dos usuários do transporte coletivo já utilizam o cartão BHBus para fazer as suas viagens.


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