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Esquema de cobrança de propina funcionava dentro da Câmara Municipal. Empresários eram extorquidos para ter seus projetos aprovados

Seis vereadores de São Joaquim de Bicas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foram presos na manhã desta terça-feira em uma operação deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais para combater esquema de corrupção que funcionava na Câmara Municipal da cidade. Com o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar, os promotores estão cumprindo mandados de prisão e de busca e apreensão no prédio da Câmara e na residência dos vereadores.


De acordo com as primeiras informações, o esquema funcionava mediante a cobrança de propina de empresários que desejavam ter projetos aprovados no município e que dependiam de votação na Câmara Municipal. Os vereadores procuravam o empresário e informavam que seu projeto só seria aprovado depois do pagamento do suborno. 

São Joaquim de Bicas tem 11 vereadores e, segundo o MP, já foram presos o presidente da Câmara, Carlos Braga (PSB), Enilton César (sem partido), Marcos Aender dos Reis (PT), Tarcísio Alves de Resende (PMDB) e Cristiano Carvalho (PMDB). Um sexto vereador, cujo nome não foi divulgado, foi preso pouco depois das 10h30.  A operação começou às 6h, com a participação de 44 policiais. O prédio da Câmara Municipal foi fechado e os funcionários estão impedidos de entrar no local. 

As investigações começaram há dois meses, depois que empresários dos setores imobiliário, metalúrgico e da indústria de plásticos procuraram o Ministério Público para denunciar que estavam sendo extorquidos pelos vereadores. O MP e a polícia entraram no caso e conseguiram desmantelar o grupo. Computadores e documentos foram apreendidos na câmara e nas residências dos políticos investigados.

 O vereador Carlos Braga, depois de preso, foi levado à Câmara Municipal para tentar abrir um cofre onde estariam documentos que o Ministério Público procura. Algemado, ele chegou ao prédio escoltado pela PM e foi muito vaiado pela população. Os militares que fizeram a prisão informaram que encontraram um revólver calibre 22 na casa do presidente da Câmara. Carlos Braga disse que achou a arma na rua. A respeito das acusações, o vereador afirmou que é inocente e que "está sendo vítima de perseguição política". Todos os presos foram levados para a Delegacia de Igarapé, onde vão prestar depoimento.

 

Uai


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