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Categoria: Opinião
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Neste sábado, o brutal e cruel assassinato do meu amado filho Mário completa 139 meses, ou 4.170 dias, da mais pura e hedionda impunidade que, por conta do descaso das nossas autoridades, acaba premiando os assassinos desalmados que ceifaram sua vida aos 20 anos de idade. O tempo vai passando rapidamente, mas a esperança de que a Justiça seja feita, continua forte em mim, latente. São 11 anos e meio de espera para que nossas autoridades identifiquem os verdadeiros assassinos e/ou mandantes deste bárbaro crime e os encaminhem para serem julgados.

Por vezes fico a imaginar quantas outras famílias esses mesmos assassinos desalmados enlutaram depois que assassinaram de maneira brutal e covarde o meu amado filho Mário. Não há como se saber. Mas certamente prosseguiram suas caminhadas no mundo do crime, deixando para trás um forte rastro de vidas ceifadas. E, enquanto o descaso continuar, novas vítimas estarão fazendo parte da extensa lista.

Enquanto isso, resta a mim, Pai do Mário, manter-me fiel aos mandamentos divinos, rezando também para que alguma de nossas autoridades da área da segurança pública se sensibilize e se empenhe no deslinde desse bárbaro crime que até hoje faz parte da grande estatística dos assassinados insolúveis. Sim porque até agora o assassinado do meu amado filho Mário é mais um número a engrossar a fila dos crimes não resolvidos ou, na linguagem técnica, dos inquéritos encaminhados à Justiça com autoria desconhecida.

Meus dias têm sido sombrios desde aquela trágica noite de 29 de setembro de 2005, quando recebi um telefonema com a notícia que nenhum pai quer ouvir. A dor da perda me acompanhará até o último minuto de vida. O sentimento de perda mistura-se ao da impotência para solucionar algo tão cruel. Mesmo com o passar do tempo, meu peito continua apertado, doendo, e as lágrimas que brotam nos meus olhos são constantes. A saudade aumenta, machuca, dói, traz lembranças que nos corroem internamente.

Mas minha luta prossegue. Jamais deixarei de cobrar o que o Estado me deve como pai e cidadão de bem. Meu sentimento de Justiça permanece e está bem distante de um possível sentimento de vingança. Quero sim, ver os responsáveis e/ou mandantes do cruel e covarde assassinato do meu amado filho Mário, identificados, presos e julgados pela Justiça. Os poderes constituídos me devem isso. Não arredo o pé desta cobrança.

Sérgio, pai do Mário Gabardo

  É muita insegurança! No passado víamos manchetes nos jornais: Polícia matou vários bandidos.... HOJE, vemos ....Bandidos assassinaram Policiais, trabalhadores, crianças, idosos...