O ator americano Gene Wilder, ator que interpretou Willy Wonka no clássico "A Fantástica Fábrica de Chocolate" (1971), morreu aos 83 anos em Stamford, no Estado de Connecticut. A informação foi confirmada pela agência de notícias Associated Press nesta segunda-feira (29).

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Segundo a imprensa americana, a morte está relacionada a complicações decorrentes do Alzheimer.

Natural de Milwauke, Gene, cujo nome de batismo era Jerome Silberman, ficou conhecido mundialmente por atuar em diversos filmes do diretor Mel Brooks e em comédias ao lado do ator Richard Pryor.

Chegou a ser indicado duas vezes ao Oscar, por "Primavera Para Hitler" (1967) e "O Jovem Frankenstein" (1974). Ao Globo de Ouro foi nomeado por "O Expresso de Chicago" (1976) e "A Fantástica Fábrica de Chocolate" (1971).

Este último, baseado no livro de Roald Dahl e dirigido por Mel Stuart, lhe rendeu seu personagem mais célebre, o insano dono da fábrica de chocolates Willy Wonka, que em 2005 seria interpretado por Johnny Depp em remake conduzido por Tim Burton.

No Brasil, o ator chegou ao auge da popularidade ao estrelar a comédia "Cegos, Surdos e Loucos" (1989), vivendo um homem surdo que se envolve em um hilário enredo de crime após empregar um homem cego (Pryor).

Além de ator, Wilder também era produtor e diretor. Esteve à frente de vários filmes, como a comédia romântica "A Dama de Vermelho" (1984), que venceu um Oscar e um Globo de Ouro de melhor canção original, por "I Just Called to Say I Love You", de Stevie Wonder.

Em 1998, ele chegou a ganhar um Emmy de melhor ator convidado em série de comédia, após participar de "Will & Grace".

Multitalentos, Wilder era também um elogiado cantor no teatro, tendo atuado em vários musicais da Broadway nos anos 1960, antes de migrar para o cinema. Entre eles "Mãe Coragem e Seus Filhos" e "Um Estranho no Ninho".

Sua terceira mulher, a atriz Gilda Radner, foi vítima de um câncer no ovário em 1989, o que levou Gene a se envolver ativamente em campanhas pela prevenção da doença e ajudando a fundar um centro de diagnóstico em Los Angeles. 

"Um dos verdadeiros grandes talentos dos nossos tempos. Ele abençoou cada filme que fizemos com sua mágica e me abençoou com sua amizade", escreveu Mel Brooks em sua conta no Twitter.


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