Tipos de inflação, tendências do mercado de ações, índices: entender mais sobre esses tópicos é primordial para quem está entrando no mundo dos investimentos e quer saber qual é o rumo certo a tomar.
Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre a Teoria de Dow, desenvolvida por Charles Dow - que também foi o criador do índice Dow Jones e trabalhou no fantástico Wall Street Journal -, que até hoje atua a forma através da qual investidores se organizam.
Para saber mais sobre o assunto, confira o material abaixo.
O que é a Teoria de Dow?
De forma bastante simplificada, ela identifica as mudanças ocorridas no mercado de ações, permitindo que os interessados nesta área possam atuar de forma mais direcionada.
O princípio da Teoria está na ideia de que o preço de mercado das ações oferece ao investidor aquilo que ele precisa saber para decidir se pisa no freio ou se injeta mais ativos.
A Teoria de Dow se pauta em alguns princípios básicos, que serão discutidos nos tópicos a seguir.
O mercado tem três movimentos
O mercado de ações, de acordo com a Teoria, tem três tendências. São essas:
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Primária: conhecida como tendência de longo prazo, tem duração mínima de um ano, considera períodos que incluem um dia ou um mês e representa 20% de alta ou baixa dos preços;
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Secundária: trata-se da interrupção da tendência primária, ou seja, uma fase de alteração daquela que costumava ser a tendência inicial. Ela pode durar de três semanas a três meses e atua com movimentos de correção;
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Terciária: consiste na interrupção temporária da tendência secundária e tem duração de curto prazo (dias ou, no máximo, três semanas).
A tendência primária tem três fases
O mercado obedece a uma lógica de comportamento, a qual está ligado ao pensamento do investidor. Quando há tendência de alta primária, observamos as três fases:
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Acumulação: trata-se da fase de entrada dos insiders, que fazem o movimento por observarem a subvalorização dos preços em relação ao seu suposto potencial. Na fase em questão, é possível verificar hesitação entre os investidores, uma vez que não há incremento significativo de volume;
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Início da tendência: aumento do volume da compra de ações, o que faz com que o mercado opere em alta. A volatilidade aumenta e as compras crescem;
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Estouro da tendência: nesse momento, há o aumento dos preços e volume. É o momento em que alguns liquidam as suas posições, uma vez que o mercado está operando de forma excessiva, e rumam em direção à tendência de baixa.
Quando há tendência de baixa, os preços sobem de forma realmente significativa. Isso dá origem ao pânico e causa reversão da tendência primária.
Há então uma queda vertiginosa, o qual dá origem ao período de desaceleração. Nele, há diminuição do volume de mercado e recuo dos preços. Após a estabilização dos valores, há o retorno à fase de acumulação.
Os índices se confirmam
Para que se possa confirmar a tendência - se é alta ou baixa, por exemplo -, os índices devem confirmar a situação.
O que isso significa? Pensemos: cada um dos índices complementares existentes, assim como os índices da Bovespa, estão atrelados a setores da economia.
Ainda que estejamos em tempos distintos daqueles onde foi criada a Teoria de Dow, é compreensível a ideia de comparar índices: afinal, se os índices passam ideias contrárias, é preciso observação e cautela.
No que tange a questão do volume, Dow acreditava que o volume deveria crescer ao lado da tendência primária: se há tendência de baixa, o volume diminui; se há tendência de alta, ele aumenta.
Se não há reversão, a tendência se mantém
A tendência só muda quando há fechamento de preço acima ou abaixo do que havia sido fechado anteriormente.
Para fazer uma previsão de preço, é necessário levar em consideração alguns indicadores de análise técnica, ferramentas utilizadas para compreender as modificações do mercado.
Avaliamos, por exemplo, valores de abertura e fechamento, dentro de um tempo determinado.
A escolha dos indicadores varia de acordo com o perfil do investidor e com as suas percepções particulares, ou seja, estão atrelados ao que se deseja alcançar.
Podemos dizer que a Teoria de Dow é útil especialmente para que se possa compreender qual é o momento de aproveitar as vantagens da Bolsa e qual é o momento de recuar, aguardar ou vender.