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Os transtornos de personalidade são padrões persistentes de comportamentos, pensamentos e emoções que diferem significativamente das expectativas culturais e sociais. Eles podem afetar a maneira como uma pessoa percebe o mundo e se relaciona com os outros, o que, por sua vez, tem um impacto direto em seus relacionamentos. Compreender como esses transtornos influenciam as dinâmicas emocionais e comportamentais pode ajudar tanto os indivíduos que convivem com essas condições quanto seus parceiros a navegar em relações mais saudáveis e equilibradas.
Neste contexto, é importante abordar os diferentes tipos de transtornos de personalidade, suas manifestações nos relacionamentos e como é possível criar uma convivência mais harmoniosa.
1. O Que São Transtornos de Personalidade?
Transtornos de personalidade são diagnósticos psiquiátricos que descrevem padrões de comportamento e pensamento inflexíveis e duradouros, que muitas vezes causam sofrimento significativo e afetam negativamente a vida social, profissional e emocional do indivíduo. Existem três grupos principais de transtornos de personalidade, conhecidos como Cluster A, B e C, cada um com características distintas:
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Cluster A (comportamento excêntrico ou estranho): inclui transtornos como o Transtorno de Personalidade Esquizóide, Esquizotípico e Paranoide.
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Cluster B (comportamento dramático, emocional ou errático): inclui transtornos como o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), Narcisista, Antissocial e Histriônico.
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Cluster C (comportamento ansioso ou temeroso): inclui transtornos como o Transtorno de Personalidade Depressiva, Esquizotípica e Evitativa.
Esses transtornos podem afetar o comportamento nas relações íntimas, familiares e de amizade, com diferentes níveis de intensidade e impacto nas interações sociais.
2. Transtornos de Personalidade no Relacionamento: Como Eles Afetam a Dinâmica
Transtorno de Personalidade Borderline (TPB)
O Transtorno de Personalidade Borderline é caracterizado por instabilidade emocional, impulsividade e dificuldades em manter relacionamentos estáveis. Indivíduos com TPB podem ter uma percepção distorcida de si mesmos e dos outros, passando rapidamente de sentimentos de idealização para depreciação, o que pode gerar relações intensas, mas volúveis.
Em um relacionamento, isso pode se traduzir em:
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Medo de abandono: A pessoa com TPB pode ter reações extremas e desproporcionais diante da percepção de rejeição ou distanciamento emocional, o que pode causar grande desgaste no relacionamento.
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Dificuldade em controlar emoções: Mudanças de humor intensas e reações impulsivas podem dificultar a construção de uma relação tranquila e saudável.
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Instabilidade emocional: Essa instabilidade pode resultar em um relacionamento tumultuado, onde as emoções oscilam entre o amor excessivo e o desprezo.
Para lidar com isso, é fundamental a prática de terapia dialética comportamental (DBT), que pode ajudar a pessoa a desenvolver habilidades para controlar impulsos e melhorar a regulação emocional.
Transtorno Narcisista de Personalidade
O transtorno narcisista é caracterizado por um senso exagerado de importância própria, falta de empatia pelos outros e a necessidade constante de admiração. Em um relacionamento, isso pode se manifestar de várias formas:
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Falta de empatia: A pessoa pode desconsiderar os sentimentos do parceiro, focando apenas nas suas próprias necessidades e desejos.
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Exigência de atenção: A necessidade constante de ser o centro das atenções pode resultar em um relacionamento unilateral, onde o parceiro se sente negligenciado.
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Dificuldade em lidar com críticas: O narcisista pode reagir de forma defensiva e agressiva a qualquer tipo de crítica ou feedback, o que pode gerar tensões.
Relacionamentos com indivíduos narcisistas podem ser emocionalmente desgastantes. A terapia pode ajudar esses indivíduos a desenvolver a empatia e o entendimento das necessidades do parceiro, mas é importante que o parceiro também tenha clareza sobre suas próprias necessidades e limites.
Transtorno de Personalidade Antissocial
O transtorno de personalidade antissocial é caracterizado por comportamentos impulsivos, desrespeito pelos direitos dos outros e falta de remorso. Isso pode resultar em relacionamentos abusivos, pois as pessoas com esse transtorno tendem a manipular, enganar e explorar os outros para atender aos seus próprios interesses.
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Manipulação emocional: A pessoa pode usar táticas de controle, como culpa ou chantagem emocional, para obter o que deseja do parceiro.
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Desconsideração pelas normas sociais: A falta de respeito pelas regras e pelos direitos do outro pode levar a comportamentos prejudiciais no relacionamento.
O tratamento para esse transtorno envolve terapia, mas é importante que os parceiros sejam vigilantes e estabeleçam limites claros para proteger seu bem-estar emocional e físico.
Transtorno de Personalidade Evitativa
Este transtorno envolve um padrão de comportamento de evitação social, timidez extrema e medo de ser criticado ou rejeitado. Em um relacionamento, isso pode se manifestar da seguinte maneira:
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Medo da rejeição: A pessoa pode se retrair emocionalmente ou evitar a intimidade por temer a rejeição, dificultando a construção de uma conexão verdadeira e duradoura.
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Dificuldade em expressar sentimentos: A pessoa pode ter dificuldade em se abrir, o que impede o parceiro de compreender suas necessidades e desejos.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) pode ser eficaz para tratar esse transtorno, ajudando a pessoa a superar medos irracionais e desenvolver a confiança para se abrir em relacionamentos.
3. Como Lidar com Transtornos de Personalidade em Relacionamentos?
Lidar com um parceiro que tem um transtorno de personalidade pode ser desafiador, mas não é impossível. Aqui estão algumas dicas para criar um ambiente de relacionamento saudável:
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Educação e compreensão: Aprender sobre o transtorno e suas manifestações ajuda a entender melhor as reações do parceiro e a lidar com elas de maneira mais compassiva.
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Estabelecimento de limites claros: Limites saudáveis são fundamentais para manter o respeito mútuo e evitar abusos emocionais.
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Terapia individual ou de casal: A terapia pode ajudar tanto a pessoa com transtorno de personalidade quanto o parceiro a desenvolver estratégias para melhorar a comunicação, lidar com conflitos e cultivar um relacionamento saudável.
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Cuidado com o próprio bem-estar emocional: Em alguns casos, o relacionamento pode ser emocionalmente desgastante, e é importante que o parceiro cuide de sua saúde mental e esteja preparado para sair da relação caso a situação se torne prejudicial.
Conclusão
Relacionamentos com indivíduos que têm transtornos de personalidade podem ser desafiadores no photo acompanhantes, mas não são necessariamente condenados ao fracasso. Com compreensão, comunicação e, em muitos casos, intervenção terapêutica, é possível construir uma convivência saudável. No entanto, é fundamental que ambos os parceiros estejam dispostos a trabalhar juntos para melhorar a dinâmica, e que se respeitem mutuamente, reconhecendo os limites e as necessidades de cada um.
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O perdão é um dos pilares essenciais para a manutenção de qualquer relacionamento saudável. No entanto, quando se trata de perdão dentro de um relacionamento amoroso, surge a questão: até onde vale perdoar? Como saber quando o perdão é realmente necessário e quando ele se torna uma forma de permitir comportamentos prejudiciais ou abusivos?
O perdão pode ser libertador e, em muitas situações, é a chave para superar conflitos e fortalecer os laços. Porém, é importante que seja dado de maneira consciente, equilibrada e com limites. Vamos explorar o conceito de perdão dentro do relacionamento, seus benefícios e os cuidados necessários para garantir que ele não seja uma desculpa para tolerar atitudes que prejudicam o bem-estar de ambos os parceiros.
1. O Perdão como Ferramenta de Crescimento
No contexto de um relacionamento, o perdão não significa esquecer ou passar por cima de comportamentos prejudiciais, mas sim a escolha de liberar ressentimentos e seguir em frente. Isso pode ser especialmente importante quando há um erro genuíno, uma falha momentânea ou uma má comunicação que causa dor, mas que não reflete a essência da pessoa ou do relacionamento.
Quando o perdão pode ser benéfico:
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Reconstruir a confiança: Quando um erro foi cometido, mas há arrependimento sincero e o compromisso de corrigir o comportamento, o perdão pode ser uma maneira de dar uma nova chance à relação.
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Evitar o acúmulo de mágoas: Guardar rancor pode ser tóxico e prejudicial. Perdoar é uma maneira de não deixar que o passado afete negativamente o presente e o futuro do relacionamento.
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Fortalecer os laços emocionais: Quando as falhas são superadas com empatia, respeito e aprendizado mútuo, o relacionamento pode se tornar mais sólido e mais resiliente.
2. Quando Perdoar se Torna Perigoso
Embora o perdão seja muitas vezes uma maneira de curar e reconstruir um relacionamento, em algumas situações, ele pode ser usado como uma desculpa para tolerar comportamentos tóxicos, abusivos ou manipulativos. O verdadeiro perdão nunca deve ser forçado, nem usado para encobrir situações de abuso emocional, psicológico ou físico.
Sinais de que o perdão pode estar sendo usado de maneira prejudicial:
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Repetição de erros: Se o parceiro repete os mesmos erros sem demonstrar vontade de mudar ou sem oferecer desculpas sinceras, o perdão pode ser uma forma de perpetuar um ciclo negativo de comportamentos.
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Comportamentos abusivos: Qualquer forma de abuso, seja físico, emocional ou psicológico, nunca deve ser tolerada. O perdão não significa permitir que uma pessoa ultrapasse limites em nome do amor ou da manutenção do relacionamento.
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Manipulação e culpa: Algumas pessoas usam o perdão para manipular a outra parte, fazendo-a se sentir culpada por não perdoar algo que foi prejudicial ou inaceitável. Isso não é perdão genuíno, mas sim um comportamento abusivo.
3. Quando o Perdão é Necessário para a Continuidade do Relacionamento
Em muitas situações, o perdão é necessário para o crescimento do relacionamento. Todos nós cometemos erros, e ninguém é perfeito. A chave está em como esses erros são abordados e se existe um esforço sincero para corrigir o comportamento. O perdão pode ser a base para transformar o relacionamento e fortalecer os laços.
Exemplos de situações onde o perdão pode ser crucial:
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Desentendimentos ou mal-entendidos: Situações onde palavras ou ações foram mal interpretadas e causaram ferimentos, mas sem intenção maliciosa.
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Falta de comunicação: Quando a falta de diálogo gera ressentimentos ou mágoas, o perdão pode ser um caminho para reiniciar a conversa e encontrar soluções para os problemas.
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Erro isolado ou falha de julgamento: Se houve um erro que não reflete o comportamento habitual da pessoa, e ela está disposta a aprender e melhorar, o perdão pode ser uma forma de permitir a recuperação e o crescimento.
4. Como Praticar o Perdão de Forma Saudável
Perdoar de maneira saudável envolve mais do que simplesmente dizer "está tudo bem". O perdão verdadeiro requer introspecção, honestidade e, muitas vezes, o tempo necessário para processar a dor causada. Para que o perdão tenha um impacto positivo no relacionamento, é importante que ele seja praticado da maneira correta.
Passos para praticar o perdão de forma saudável:
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Reconhecer a dor: Antes de perdoar, é importante reconhecer e validar a dor que foi causada. Não ignore ou minimize seus sentimentos.
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Compreender o erro: Certifique-se de que você entende o que aconteceu e o que levou à situação. Isso pode envolver uma conversa aberta com o parceiro sobre o que deu errado.
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Estabelecer limites: O perdão não significa tolerar comportamentos inaceitáveis. É importante estabelecer limites claros para garantir que a situação não se repita.
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Dar espaço ao parceiro para se redimir: O perdão também envolve dar ao parceiro a oportunidade de mostrar que ele está comprometido a mudar, se necessário. As palavras de desculpas devem ser seguidas por ações concretas que demonstrem arrependimento genuíno.
5. O Papel da Autocuidado no Perdão
Ao praticar o perdão, também é crucial que você cuide de si mesmo. O perdão não deve ser uma forma de negligenciar suas próprias necessidades e sentimentos. Se perdoar implica em violar seus próprios limites ou perder sua autoestima, isso não é saudável nem benéfico.
Cuidados pessoais a considerar ao perdoar:
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Não perdoe por pressão: Não se sinta pressionado a perdoar imediatamente ou se for forçado a perdoar por medo de perder o relacionamento.
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Mantenha sua autoestima: Lembre-se de que perdoar alguém não significa permitir que você seja desrespeitado. Mantenha seus padrões e defenda sua dignidade.
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Buscar apoio externo: Às vezes, procurar a ajuda de um terapeuta ou conselheiro de relacionamento pode ser útil para lidar com os sentimentos de dor e perdão de forma saudável.
6. Perdão e Crescimento do Relacionamento
Quando o perdão é dado de maneira consciente e com o compromisso de aprender com os erros, ele pode ser uma ferramenta poderosa para o crescimento pessoal e do relacionamento. O importante é que ambos os parceiros reconheçam a importância do perdão como um passo para melhorar a relação, e não como uma forma de passar por cima de questões não resolvidas.
Como o perdão pode ajudar no crescimento do relacionamento:
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Fortalece a comunicação: O perdão pode abrir portas para um diálogo mais aberto e sincero sobre sentimentos, necessidades e expectativas.
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Cria mais empatia e compreensão: Quando ambos os parceiros reconhecem as falhas e se esforçam para melhorar, o relacionamento tende a se tornar mais maduro e empático.
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Aumenta a confiança: Superar juntos um erro e aprender com ele pode fortalecer a confiança mútua, que é fundamental para qualquer relacionamento duradouro.
Conclusão
O perdão no relacionamento é uma prática importante, mas deve ser dada com sabedoria. Enquanto ele é essencial para curar feridas photo acompanhantes e fortalecer o vínculo, também é importante que seja aplicado de maneira justa e com limites. Nunca perdoe algo que vá contra seus princípios ou que implique em tolerar abusos. O perdão saudável contribui para o crescimento e a evolução do relacionamento, mas também deve ser equilibrado com o respeito próprio e a comunicação honesta. Lembre-se de que perdoar não é apenas uma escolha pelo parceiro, mas também uma escolha pela sua própria paz interior.
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Conflitos fazem parte de qualquer relacionamento, seja amoroso, familiar, profissional ou social. No entanto, a forma como lidamos com essas situações determina o impacto que elas terão na relação com o outro. Quando o respeito é mantido, os desentendimentos podem até fortalecer os laços, gerando mais compreensão e maturidade.
Por outro lado, discussões carregadas de agressividade, gritos e palavras ofensivas podem causar danos irreversíveis, gerando mágoas e afastamento. Por isso, aprender a manter o respeito durante um conflito é essencial para a construção de relações saudáveis e duradouras.
Confira algumas estratégias eficazes para enfrentar momentos de tensão sem perder o respeito.
1. Controle as Emoções Antes de Responder
Em um momento de conflito, a primeira reação tende a ser impulsiva. Quando estamos irritados, podemos dizer coisas que não queremos e agir de maneira que depois nos arrependemos.
Antes de responder no calor da emoção, respire fundo e tente acalmar sua mente. Se necessário, peça um tempo para organizar seus pensamentos antes de continuar a conversa.
Evite responder quando estiver:
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Muito irritado ou nervoso
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Sentindo-se injustiçado e prestes a atacar
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Com vontade de gritar ou interromper o outro
Respirar fundo, contar até dez ou até mesmo dar uma breve pausa pode evitar palavras e atitudes que prejudicam a relação.
2. Pratique a Escuta Ativa
Uma das maiores causas de conflitos prolongados é a falta de escuta. Muitas vezes, em vez de realmente ouvir o que o outro está dizendo, ficamos apenas esperando nossa vez de falar, sem considerar os sentimentos e argumentos da outra pessoa.
Para praticar a escuta ativa:
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Dê espaço para que o outro fale sem interrupções
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Demonstre interesse no que está sendo dito
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Repita o que entendeu para garantir que compreendeu corretamente
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Evite assumir que já sabe o que o outro pensa ou sente
Ouvir com atenção permite que ambas as partes se sintam valorizadas e reduz a intensidade da discussão.
3. Escolha as Palavras com Cuidado
Durante um conflito, as palavras podem se tornar armas. Expressões agressivas, irônicas ou acusatórias podem tornar a discussão ainda mais acirrada e prejudicar a relação a longo prazo.
Frases que devem ser evitadas:
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"Você sempre faz isso"
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"Você nunca me escuta"
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"É tudo culpa sua"
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"Eu já sabia que você ia agir assim"
Em vez disso, opte por frases que expressem seus sentimentos sem atacar o outro:
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"Eu me sinto desvalorizado quando isso acontece"
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"Gostaria que a gente pudesse resolver isso juntos"
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"Preciso entender melhor o que você está sentindo"
A forma como falamos influencia diretamente a reação do outro. Expressar-se com respeito reduz as chances de que a conversa se transforme em um confronto.
4. Evite Elevar o Tom de Voz
Gritar não torna um argumento mais válido, apenas aumenta a tensão e a resistência do outro. Manter um tom de voz equilibrado ajuda a manter a conversa produtiva e evita que o conflito se torne uma briga descontrolada.
Se perceber que a discussão está saindo do controle, faça uma pausa e retome o diálogo quando ambos estiverem mais calmos. Em muitos casos, um simples intervalo pode evitar que uma conversa se transforme em uma troca de ofensas.
5. Não Faça Suposições ou Julgamentos
Muitas discussões começam por interpretações erradas. Supor que o outro agiu com má intenção ou interpretar sua fala de maneira distorcida pode gerar conflitos desnecessários.
Em vez de tirar conclusões precipitadas, pergunte:
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"Você pode me explicar melhor o que quis dizer?"
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"Foi essa a intenção da sua fala?"
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"O que exatamente te incomodou nessa situação?"
Dessa forma, é possível evitar mal-entendidos e encontrar soluções mais rapidamente.
6. Foque na Solução, Não no Problema
Durante um conflito, é comum que as pessoas se apeguem a erros do passado e passem mais tempo relembrando desentendimentos antigos do que tentando resolver a situação atual.
Se o objetivo é manter o respeito e resolver a questão, concentre-se no que pode ser feito para melhorar o momento presente e evitar que o problema se repita no futuro.
Questione-se:
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O que podemos fazer para resolver essa situação?
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Como podemos evitar esse tipo de conflito no futuro?
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O que cada um pode mudar para melhorar a relação?
Manter o foco na solução torna a conversa mais produtiva e reduz o desgaste emocional.
7. Saiba Quando Encerrar a Discussão
Nem todos os conflitos precisam ser resolvidos imediatamente. Se a conversa está se tornando destrutiva ou se nenhum dos lados está disposto a ouvir, pode ser melhor interromper a discussão e retomá-la em outro momento.
Dizer "vamos conversar sobre isso depois, quando estivermos mais calmos" pode evitar desgastes desnecessários e permitir que ambos reflitam melhor sobre a situação.
8. Pratique o Respeito no Dia a Dia
Manter o respeito em momentos de conflito se torna mais fácil quando há uma base de respeito construída no dia a dia sugar daddy. Pequenos gestos de consideração, empatia e carinho criam um ambiente onde as diferenças podem ser discutidas sem que se tornem grandes confrontos.
Relações saudáveis não são aquelas que nunca têm conflitos, mas sim aquelas onde o respeito e a comunicação são preservados, independentemente das dificuldades.
Se o objetivo é manter um vínculo forte e equilibrado, é fundamental aprender a discordar sem perder o respeito. Dessa forma, os conflitos deixam de ser ameaças e passam a ser oportunidades de crescimento para ambas as partes.
Fonte: Izabelly Mendes.
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Está aberta a temporada da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2025. Neste ano, o período de entrega foi fixado pela Receita Federal do Brasil entre 8h de 17 de marco de 2025 e às 23h59min59s de 30 de maio de 2025. São obrigados a realizar a declaração todos os brasileiros que receberam em 2024 rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 (era R$ 30.639,90 no ano passado, referente aos rendimentos de 2023).
A entrega ocorre pelo programa do IRPF 2025, que pode ser baixado do site da Receita Federal, ou pelo aplicativo Meu Imposto de Renda – MIR. O Fisco espera receber 46,2 milhões de declarações, quase 3 milhões a mais que as 43.212.426 declarações entregues em 2024.
Em relação às obrigatoriedades, outras mudanças foram as seguintes:
- Limite da receita bruta de obrigatoriedade para atividade rural subiu de R$ 153.999,50 para R$ 169.440;
- Quem atualizou valor de bens imóveis e pagou 4% sobre o ganho de capital em 2024;
- Quem apurou rendimentos no exterior conforme as regras da Lei nº 14.754/2023.
NOVIDADES DO PROGRAMA
O professor de Contabilidade da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), Tiago Slavov, elenca abaixo as principais novidades do IRPF 2025:
- Foram feitas algumas simplificações, como não pedir mais o título de eleitor e não pedir mais o número recibo da declaração anterior, para quem faz o MIR;
- Também foram feitas alterações nas informações de Bens e Direitos, com mudanças de nomes e códigos para classificação, como fundos.
SEPARE OS DOCUMENTOS!
Para evitar a perda de prazos e a “correria” para entregar a declaração corretamente, O professor recomenda antecipar a entrega da declaração, principalmente para agilizar a restituição.
“Nesse sentido, os contribuintes devem começar a separar os principais documentos necessários para o preenchimento da declaração, como informes de rendimentos, despesas médicas, despesas com instrução e comprovantes de compra e venda de bens”, afirma Slavov.
Os principais documentos são:
– Última Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física;
– Informes de Rendimentos – salários, honorários, Nota Fiscal Paulista, Aposentadoria, etc.;
– Rendimentos Recebidos de Pessoa Física – pensões, aluguéis, livro-caixa, etc.;
– Informes de Rendimentos Financeiros e Dívidas – Contas, Aplicações, Previdência, empréstimos, etc.;
– Dependentes e Alimentandos;
– Bens e Direitos – saldos de bens, documentos de imóveis, criptomoedas, etc.;
– Despesas Médicas;
– Despesas com Instrução;
– Doações;
– Pensões Pagas;
– Outros Rendimentos (Bolsas de Estudo, Ganho de Capital, Heranças, Acordos Judiciais, Restituição do IR anterior, etc.);
– Outros Pagamentos (Advogados, Engenheiros, Profissionais Liberais, Aluguéis Pagos, etc.).
DECLARAÇÃO PRÉ-PREENCHIDA
As informações da Declaração Pré-Preenchida estarão disponíveis no dia 01/04. Uma novidade para 2025 é a inclusão das contas bancárias do exterior.
“Com a declaração pré-preenchida, as informações à disposição da Receita Federal são importadas diretamente para a declaração, por exemplo, as informações de rendimentos pagos por empresas e outras pessoas, as despesas médicas informadas por estabelecimentos médicos e o histórico de bens e direitos das declarações de anos anteriores”.
“Quem usa a funcionalidade na declaração pré-preenchida tem menor chance de errar o preenchimento e cair na malha, favorecendo a possibilidade de receber a restituição mais rapidamente. Para quem tem imposto a pagar, significa maior tranquilidade em saber que está pagando corretamente seus impostos”.
A Receita Federal reforçou, neste ano, sobre conferir as informações da Pré-Preenchida. As informações que são importadas podem não estar certas, e precisam ser conferidas. É preciso juntar os comprovantes, checar os dados e incluir ou retirar o que possa estar errado. “Ou seja: a conferência e validação dos dados continua a ser uma responsabilidade do contribuinte”, diz o professor.
NÃO CAIA NA MALHA FINA
É importante preencher a declaração corretamente, evitando tentativas de burlar o fisco. Com o avanço da tecnologia, a Receita Federal utiliza medidas de “cruzamento de informações” cada vez mais sofisticadas. Tentativas de burlar podem levar a declaração à malha fiscal, resultando em multas e juros evitáveis.
“Dois dos principais motivos para a declaração cair na malha fiscal são a omissão de rendimentos e as despesas médicas. A omissão ocorre, por exemplo, quando o contribuinte deixa de informar um rendimento ou quando informa de maneira incorreta”, lembra o especialista.
As despesas médicas também geram pendências por vários motivos, como falta de previsão legal, de documento hábil, de comprovante de pagamento e de indicação errada do beneficiário (se contribuinte ou dependente), entre outros.
“O preenchimento correto da declaração do IRPF com todas as informações disponíveis, também colabora para reduzir o imposto a pagar ou aumentar a restituição, permitindo que o programa da Receita sugira a melhor forma de entrega, seja ‘completa’ ou ‘simplificada’. Muitos contribuintes, especialmente os que deixam para a última hora, esquecem de informar despesas dedutíveis por exemplo, o que pode aumentar o valor do imposto devido”.
PAGAMENTO
Outra vantagem de declarar com antecedência é a possibilidade de pagar em uma única parcela, sem juros, ou parcelar. Quem tem imposto a pagar e não entrega a declaração fica sujeito a duas multas: uma pelo atraso da entrega e outra pelo atraso no pagamento do imposto.
O pagamento da primeira quota do IRPF, para quem tem Imposto a Pagar, será no dia 30/05. As demais quotas mensais também são dia útil dos meses seguintes (a oitava e última quota será 30/12).
Se o contribuinte quiser incluir a primeira quota no débito automático, deverá entregar a declaração até 09/05.
RESTITUIÇÃO
Pra quem tem saldo de imposto a restituir (vai receber dinheiro de volta do leão), declarar mais cedo pode significar receber a restituição mais cedo.
As restituições serão pagas nas seguintes datas:
- Primeiro lote: 30 de maio;
- Segundo lote: 30 de junho;
- Terceiro lote: 31 de julho;
- Quarto lote: 29 de agosto;
- Quinto e último lote: 30 de setembro.
Se não receber a restituição, o contribuinte possivelmente caiu “na malha”.
Uma novidade destacada pela Receita Federal para 2025 é a prioridades nos lotes de restituições. No ano passado havia a prioridade primeiro para quem entregava a declaração utilizando a Pré-preenchida e depois para quem informava o número do Pix para a restituição. Agora a prioridade é “Preenchimento pré-preenchida E pix” e, depois “preenchimento pré-preenchida OU pix. Quem não entregou pela pré-preenchida e não indicou Pix, fica por último.
Assim, para 2025, ao considerar as prioridades determinadas por lei, o pagamento das restituições seguirá a seguinte ordem:
- Idade igual ou superior a 80 anos;
- Idade igual/superior a 60 anos, pessoas com deficiência e pessoas com doença grave;
- Pessoas cuja maior fonte de renda seja o magistério;
- Utilizaram a pré-preenchida e optaram por receber a restituição por Pix;
- Utilizaram a pré-preenchida ou optaram por receber a restituição por Pix;
- Demais contribuintes.
Em todos os casos acima, o critério de desempate é quem entregou primeiro.
PRINCIPAIS DIFICULDADES
As principais dificuldades encontradas pelos contribuintes decorrem da falta de conhecimento do preenchimento da declaração. Existindo qualquer dúvida, é necessário que o contribuinte pesquise as orientações disponibilizadas pelo site da Receita Federal.
“O cidadão também pode procurar um profissional contábil ou o Núcleo de Apoio Contabil-Fiscal mais próximo, um projeto gratuito da RFB oferecido por instituições de ensino parceiras em todas as regiões do Brasil, para tirar dúvidas”, aconselha o professor.
O especialista: Tiago Nascimento Borges Slavov é doutor em Contabilidade pela USP e Mestre em Contabilidade pela FECAP. É professor do Programa de Mestrado em Ciências Contábeis da FECAP e coordenador do Núcleo de Apoio Fiscal e Contábil (NAF) da FECAP.
Sobre a FECAP
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A Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) é referência nacional em Educação na área de negócios desde 1902. A Instituição proporciona formação de alta qualidade no Ensino Médio (técnico, pleno e bilíngue), Graduação, Pós-graduação, MBA, Mestrado, Extensão e cursos corporativos e livres. Diversos indicadores de desempenho comprovam a qualidade do ensino da FECAP: nota 5 (máxima) no ENADE (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e no Guia da Faculdade Estadão Quero Educação 2021, e o reconhecimento como melhor centro universitário do Estado de São Paulo segundo o Índice Geral de Cursos (IGC), do Ministério da Educação. Em âmbito nacional, considerando todos os tipos de Instituição de Ensino Superior do País, a FECAP está entre as 5,7% IES cadastradas no MEC com nota máxima.