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Entre 2022 e 2023, o estado registrou um aumento de 21,5% nas cirurgias, além de realizar um milhão de operações até novembro de 2024
OMinistério da Saúde realizou o maior número de cirurgias eletivas da história do Sistema Único de Saúde (SUS). No ano passado, foram realizados 13.663.782 procedimentos, 10,8% maior do que em 2023, quando o número chegou a 12.322.368 operações. Em comparação com 2022, a alta é ainda maior, chegando a 32%, onde foram realizadas 10.314.385 cirurgias. No estado de Minas Gerais, entre 2022 e 2023, o aumento foi de 21,5%, quando o número de cirurgias passou de 752.480 para 914.793. Até novembro de 2024, já haviam sido realizadas mais de um milhão de operações no estado.
O Programa Nacional de Redução das Filas (PNRF), que visa a expansão de cirurgias prioritárias, também apresenta crescimento de procedimentos. No ano passado, 5.324.823 cirurgias foram realizadas. O índice é 18% maior do que o registrado em 2023 (4.510.740). Entre 2022 e 2024, houve aumento de 1.573.966 cirurgias: alta de 42% nos atendimentos. Neste período, 1.355.192 cirurgias foram financiadas pelo programa. Em Minas Gerais, o número de procedimentos pelo PNRF cresceu 175% de 2023 a 2024, passando de 52.410 para 144.990.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destaca que a redução das filas e o fortalecimento do SUS são prioridades do governo federal. “Estamos trabalhando em programas que diminuem o tempo de espera do paciente nas filas. Além disso, nos últimos dois anos, concentramos nossos esforços na reestruturação do SUS, que passou por um período de desestruturação. Nosso objetivo é que a população seja atendida em tempo hábil e com muita qualidade”, frisa.
Nísia Trindade destaca que o programa Mais Acesso a Especialistas é de extrema importância para o alcance dos resultados. “Com o programa, alcançamos o maior crescimento no número de serviços especializados no SUS nos últimos 10 anos. Além disso, ampliamos o número de médicos especialistas que atendem no SUS entre 2022 e 2024”, destaca a ministra.
Sobre o programa
O Mais Acesso a Especialistas traz inovações como a incorporação de um modelo de remuneração baseado no cuidado integral, que prioriza o paciente. Para isso, estão sendo investidos R$ 2,4 bilhões nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia.
O programa já alcançou adesão de 100% dos estados e do Distrito Federal, além de 97,9% dos municípios. Até o momento, foram enviados 136 planos de ação regionais, abrangendo 167,9 milhões de habitantes.
O programa prioriza a redução do tempo de espera para consultas, exames e tratamentos, com foco no diagnóstico precoce. As especialidades prioritárias são oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia.
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Exame é indicado para investigar tonturas, desmaios e quedas sem causas definidas
O Hospital Felício Rocho retomou, agora em janeiro, a realização do Tilt Test ou Teste de Inclinação, exame essencial para investigar a origem de sintomas como tonturas, desmaios e quedas que não foram esclarecidas após as investigações cardiológicas iniciais. O procedimento avalia o comportamento da pressão arterial e da frequência cardíaca do paciente em repouso e inclinado entre 60 e 70 graus em relação ao solo, e realiza algumas manobras para sensibilização do teste, ajudando a identificar condições como a síndrome vasovagal.
“A retomada do Tilt Test no Hospital Felício Rocho é mais uma iniciativa para ampliar o diagnóstico e tratamento de pacientes com sintomas de tontura ou desmaios recorrentes ainda não esclarecidos, reforçando nosso compromisso com a qualidade da saúde cardiovascular,” destaca a cardiologista do Hospital Felício Rocho, Mariana Bittencourt.
O Tilt Test é indicado para pacientes a partir dos 12 anos, desde que apresentem condições físicas adequadas. O exame não é recomendado para gestantes, pacientes com obstruções graves de artérias cervicais ou em situações de infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC) recentes.
Para a realização do exame, é necessário jejum de 4 horas e o acompanhamento de um responsável maior de idade. O agendamento pode ser feito por meio dos telefones (31) 3514-7000, (31) 3514-7300 ou pelo WhatsApp (31) 3299-7870. Os atendimentos acontecem de segunda a sexta-feira, entre 7h e 19, na Rua Platina, 33, 4º andar.
Divulgação Hospital Felício Rocho
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Bebês são os principais afetados pela infecção respiratória grave e altamente contagiosa; especialista alerta para prevenção, sintomas e cuidados
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Os casos de coqueluche dispararam em 2024, com um aumento superior a 1.000%, ou seja, 10 vezes, em todo o Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 5.987 casos no país, sendo 1.034 em recém-nascidos. Em São Paulo, o crescimento foi ainda mais alarmante: um salto de 3.436%, com 831 casos confirmados. O estado ficou atrás apenas do Paraná (1.229 casos).
A coqueluche é uma infecção respiratória grave causada pela bactéria Bordetella pertussis. Altamente contagiosa, ela se transmite por gotículas de saliva e é especialmente perigosa para bebês de até um ano.
“Em recém-nascidos, a resistência aos sintomas é menor. Além da tosse intensa, a doença pode causar parada respiratória, convulsões, vômitos e desidratação”, explica Fabíola La Torre, coordenadora do pronto-socorro infantil do Hospital e Maternidade São Luiz Osasco, da Rede D’Or.
De acordo com especialistas, a principal causa do atual surto é a baixa cobertura vacinal. A taxa ideal de vacinação contra a coqueluche deveria ser de, no mínimo, 95%, mas caiu drasticamente nos últimos anos. Por exemplo, em 2023, a cobertura em menores de um ano foi de apenas 68,98%, com índices ainda menores entre as gestantes.
“A vacinação durante a gravidez protege os recém-nascidos, reduzindo os riscos de contágio. Além disso, a falta de acesso a exames laboratoriais de biologia molecular dificulta o diagnóstico e o controle da doença”, acrescenta La Torre.
Outro problema é a ausência de doses de reforço para adolescentes, algo comum em países da União Europeia e nos Estados Unidos. “No Brasil, o Programa Nacional e Imunização prevê a aplicação da vacina apenas em crianças de 0 a 4 anos. Sem reforços, adolescentes ficam mais vulneráveis, aumentando o risco de transmissão, principalmente se tiverem condições como imunidade baixa, asma ou bronquite”, explica a médica.
No Sistema Único de Saúde (SUS), além das crianças, a vacina da coqueluche também é aplicada em gestantes, profissionais da saúde e trabalhadores com contato direto com recém-nascidos.
Sintomas, evolução da doença e tratamento
O período de incubação da coqueluche varia entre cinco e dez dias. Os primeiros sintomas incluem febre baixa, mal-estar, coriza e tosse seca, que se intensifica com o tempo. A fase mais grave envolve episódios de tosse intensa, chamados de crises paroxísticas, que podem durar semanas e acontecem principalmente à noite.
“Nos bebês, as crises podem levar à apneia, vômitos e até risco de morte. Durante os acessos de tosse, a pessoa tem dificuldade para respirar, podendo apresentar congestão, lacrimejamento e secreção abundante”, explica Flaubert Serra de Farias, infectologista pediátrico do São Luiz Osasco.
A unidade da Rede D’Or, localizada na região metropolitana de São Paulo, conta a maior e mais completa estrutura hospitalar da cidade e uma linha de cuidado pediátrico de referência, com corpo clínico especializado, equipe multidisciplinar, exames de alta complexidade e UTI pediátrica.
A frequência e intensidade das crises crescem nas duas primeiras semanas e tendem a diminuir gradativamente se for realizado o tratamento adequado, levando o paciente ratado à fase convalescente, ou de recuperação, que pode durar meses. “Nesse estágio, as crises diminuem, mas é preciso ter atenção a outras complicações, sendo imperativo o acompanhamento médico”, alerta o infectologista.
O diagnóstico da coqueluche é feito com exames clínicos e laboratoriais. O tratamento mais comum é à base de antibióticos. Além disso, pessoas próximas ao paciente (contactantes) devem receber profilaxia, que inclui vacinas, medicação, uso de máscaras e cuidados de higiene.
“As vacinas contra a coqueluche estão disponíveis tanto na rede pública quanto na privada. Manter a vacinação em dia é a melhor forma de prevenir a doença. Além disso, ao identificar sintomas, como a tosse, é importante buscar atendimento e orientação médica”, reforça Farias. |