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Amigas e amigos:

Nesta segunda-feira, mais um mês se passa sem que o assassinato hediondo do meu amado filho Mário tenha sido desvendado pelas nossas chamadas autoridades da segurança pública. Conto todos eles. Já são 117. Conto todos os dias, lá se vão 3.510, e nada! Até agora não sei quem efetivamente assassinou meu amado filho Mário, quem foram os mandantes ou o motivo pelo qual ceifaram a sua vida tão precocemente.

Meu amado filho Mário tinha apenas 20 anos. Na flor da idade. Trabalhava na nossa empresa e fazia o curso de Direito na PUCRS em Porto Alegre. Só tinha amigos e, por onde passava, deixava boa impressão. Era sério, honesto, trabalhador, religioso e prezava sobremaneira a família como uma das principais instituições.

 

Na noite de 29 de setembro de 2005, como fazia semanalmente, se encaminhava para uma confraternização sadia com amigos de infância e colegas, na cidade de Canoas, onde residimos até hoje. Não chegou ao local porque foi covardemente assassinado por bandidos desalmados que, inclusive, nada lhe roubaram.

Dessa trágica noite em diante, todo o santo dia, lembro do meu amado filho Mário a cada dia. A saudade é indescritível, assim como a dor interna que sinto; lágrimas brotam dos meus olhos nos momentos mais inesperados; um aperto imenso toma conta do meu peito e nele se instala, tomando conta de todo o meu ser.

Enquanto isso, nossas autoridades da segurança pública, insensíveis aos apelos de um pai que perdeu para sempre seu amado filho, tratam o caso com um hediondo descaso. Entra governo e sai governo e a atitude dessas autoridades não mudam. O descaso continua, premiando os verdadeiros assassinos com o Instituto da Impunidade, para que continuem a enlutar famílias por nosso Rio Grande afora.

É demais!

Alguma coisa precisa ser feita e urgente. Como cidadão de bem e pagador de todos os impostos, cobro isso do Governo: quem matou covardemente o meu amado filho Mário? É meu direito de pai. O Estado me deve isso. E continuarei cobrando enquanto tiver forças para fazê-lo.

Bem distante de qualquer sentimento de vingança, minha sede de Justiça é maior. Continuo confiando na Justiça deste país.

 

 Sérgio, Pai do Mário Gabardo


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