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Jamais poderia imaginar que um dia chegaria a este ponto: esperar para que a Justiça seja feita durante longos e tortuosos 11 anos. São nada menos do que 330 meses, ou 9.900 dias, aguardando para que os cruéis e desalmados assassinos do meu amado filho Mário, sejam identificados e encaminhados às barras da Justiça. E nada! Chega a ser desumano para um pai, para uma família, manter ainda a esperança de que um dia, esses bandidos sejam encontrados pelas autoridades da segurança pública. Um hediondo descaso.

Como eu, certamente há um sem-número de pais na mesma situação. Enquanto assisto ao deslinde de crimes bárbaros ocorridos recentemente (com a Força Nacional e tudo), por uma Polícia atuante, olho para trás e não vejo o mesmo empenho, a mesma dedicação para com o assassinato do meu amado filho Mário, que teve sua vida ceifada aos 20 anos de idade. Uma lástima.

Meu amado filho Mário foi brutal e covardemente assassinado na noite de 29 de setembro de 2005, quando se dirigia a uma confraternização sadia com amigos de infância e colegas de escola (fazia Direito na PUC-POA). Momentos antes de chegar ao local combinado, meu amado filho Mário teve sua bela trajetória de vida interrompida por bandidos desalmados que, já no início da noite, estavam a serviço do crime. Até hoje não sei o real motivo desta perda incalculável.

Tenho para mim que faltou sim, empenho e dedicação daqueles que têm a missão constitucional, o dever, de desvendar crimes dessa natureza. Faltou vontade política dos superiores responsáveis pela segurança pública que já falharam ao não oferecer a segurança ao cidadão de bem, Cobro sistematicamente um estudo aprofundado do cruel assassinato, mas não encontro respostas.

Encaminhei nesses 11 anos, milhares de correspondências eletrônicas cobrando uma posição enérgica: determinação e vontade política por parte dos comandantes da segurança pública do nosso Estado, para que o crime possa ser esclarecido. Tenho o direito de saber quem assassinou meu amado filho Mário ou a mando de quem estava. No poder público, sai governo e entra governo, mas as autoridades responsáveis permanecem insensíveis aos apelos de um Pai.

Vou continuar cobrando, enquanto houver um sopro de vida em meu corpo. É meu dever de Pai. Tenho o direito inalienável de saber o que realmente aconteceu naquela trágica noite. O Estado ainda me deve isso, seja ele comandado por qualquer partido político, mesmo tendo passado 11 longos anos.

Enquanto não souber quem realmente assassinou meu amado filho Mário ou a mando de quem estava, vou continuar minha luta em busca de Justiça. Longe de qualquer sentimento de vingança, o que espero é pela Justiça. Até que isso aconteça, seguirei meu caminho, com a mesma dor intensa no peito e com as mesmas lágrimas que diariamente brotam dos meus olhos. Elas são de Amor...  Saudade...  Revolta...

Sérgio

Pai do Mário

 
  É muita insegurança! No passado víamos manchetes nos jornais: Polícia matou vários bandidos.... HOJE, vemos ....Bandidos assassinaram Policiais, trabalhadores, crianças, idosos...   

 


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