Amanhã, 29 de agosto de 2014, é a data que marca o centésimo sétimo mês do cruel assassinato do meu amado filho Mário. Isso mesmo ! Cento e sete (107) meses, ou 3.210 dias se passaram desde a noite de 29 de setembro de 2005, quando meu amado filho Mário, de apenas 20 anos, teve sua vida ceifada por bandidos desalmados e covardes.
De lá para cá, tenho me debatido diuturnamente para que nossas autoridades da área da segurança pública me apresentem como resposta, o nome do assassino e/ou mandantes. Mas isso é impedido pelo descaso com que essas autoridades tratam o caso desde o seu fatídico início: desculpas mil aparecerem, na tentativa de fugirem das suas responsabilidades constitucionais.
O que tenho assistido nesse tempo todo, é o Instituto da Impunidade triunfar gloriosamente. Sarcasticamente. Fico a imaginar, por vezes, sobre quantas outras famílias esses mesmos meliantes enlutaram ao longo destes quase nove (09) anos. E se para cada assassinato covarde, exibem, em algum lugar, uma espécie de troféu. Não posso pensar de outra maneira.
E esse é o nexo que apresento, mostrado no título: O Instituto da Impunidade e as Eleições. É lógico. Já assisti – e você também – esse filme uma dezena de vezes. Promessas e mais promessas são feitas e, após a posse deste ou daquele governo, o esquecimento toma conta dos corredores palacianos e dos confortáveis gabinetes. Somos ludibriados, lamentavelmente por aqueles que só buscam o poder. O poder pelo poder.
Hoje, mais do que nunca, dou um novo grito de alerta: “Quero Justiça”. Nada mais do que isso. Não penso em vingança porque tenho Deus no coração. Mas exijo que as autoridades constituídas deste nosso Rio Grande, cumpram com seu papel constitucional e identifiquem para encaminhar ao poder Judiciário, os verdadeiros culpados pelo covarde assassinato do meu amado filho Mário.
Minha dor, que explode no peito e enche meus olhos de lágrimas, aumenta a cada dia. Estarei cobrando o que me é devido pelo Estado, enquanto houver um sopro de vida no meu corpo.
Sérgio, Pai do Mário
