A cada 02 anos a sociedade movimenta-se como um pêndulo. Na senda deste relevante debate, participei na PUC-SP, da arguição de doutorado de um policial de Moçambique que a certa altura questionava se a polícia era instrumento ou instituição?
O orientador da tese professor-doutor Alípio Casali, filósofo, que tem experiência na gestão pública municipal, narrou sobre o sonho de que a conduta social em espaços públicos prescinda da presença física de um policial; que ao invés de Secretaria de Segurança Pública venhamos a ter um dia a Secretaria da Confiança Pública; referindo-se a todo o país.
Lembrei que se pudéssemos trabalhar apenas com a “ideia de polícia”, a saber, a simples possibilidade de ser surpreendido em falta penal fizesse com que todos e todas agissem com educação e decência, sem linchamentos, sem depredações e sem invasões de propriedades; manteríamos acesso o fio civilizatório, que um dia nos uniu.
A sociedade quando elege policiais militares e demais servidores que atuam na persecução criminal sinaliza o desejo simbólico de minimizar corrupção, frear desmandos, maior cumprimento das leis e prisão de criminosos, ou seja, este perfil de eleitor clama por segurança e teme outras anomias sociais, razão pela qual escolhe profissionais “da lei e da ordem”. Cobraremos para que os parlamentares possam sempre “ver com os olhos livres” e continuem espalhando o fertilizante das ideias que fortalecem as Instituições, em especial as Polícias Militares, visando atender as mudanças que a sociedade tanto espera.
Ronilson de Souza Luiz, capitão da Polícia Militar, doutor em educação pela PUC/SP e professor na OAB-ESA. (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.)
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