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Segundo os profissionais, valores são referentes aos plantões de julho a agosto deste ano. Até o momento, não houve previsão para o recebimento.




Cerca de 60 médicos das unidades de pronto atendimento Norte e Alterosas, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, denunciam que estão com pagamentos atrasados há dois meses.

O jornal conversou com alguns profissionais que preferiram não se identificar.

De acordo com os relatos, os valores são referentes aos plantões de julho a agosto deste ano e, até o momento, não havia previsão para o recebimento.

 

"Quase dois meses sem receber. Queremos somente o que é nosso por direito, o serviço prestado. Parece que estamos fazendo um favor. Todo mês a gente precisa correr atrás para saber se vamos receber ou não. Nunca tem uma explicação prévia. Estou indignada", disse uma das médicas.


Os profissionais afirmam também que, mesmo doentes, são obrigados a trabalhar e, quando "não tem jeito", ficam responsáveis por providenciar um substituto.

 

"Quantas vezes já vimos médicos trabalhando em piores condições que os pacientes que estão atendendo?"

 

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Betim, que afirmou que os valores devidos são responsabilidade da Organização Social Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (OSS HMTJ).

Em nota, o município informou que os médicos que atuam nas UPAs Norte e Alterosas foram contratados pela OSS HMTJ, em regime de prestação de serviços de pessoa jurídica (CNPJ), e que o contrato estabelece que o vínculo com esses profissionais se dê apenas e diretamente com a organização.

 

Os profissionais afirmam também que, mesmo doentes, são obrigados a trabalhar e, quando "não tem jeito", ficam responsáveis por providenciar um substituto.

 

"Os médicos em questão, contratados pela organização devem enviar o quanto antes as notas fiscais referentes aos respectivos plantões realizados. No entanto, alguns ainda não enviaram o documento para análise e, por esse motivo, tiveram a remuneração atrasada", afirmou.

 

Reforçou também que "todos os repasses de recursos foram devidamente realizados e que o município atua como fiscalizador dos serviços prestados por meio dessa contratação".

jornal entrou em contato com a Organização Social e Maternidade Therezinha de Jesus que garantiu que não recebeu repasse da prefeitura.


Veja o comunicado na íntegra.

"O Hospital Maternidade Therezinha de Jesus (OSS HMTJ) informa que, conforme pactuado no contrato 005/2019 firmado com o Município de Betim, a origem dos recursos são de responsabilidade do município de Betim, o qual, até a presente data, contrariando o cumprimento do cronograma financeiro contratual, não efetuou o repasse dos valores contratualizados nos 4º e 5º termos aditivos, os quais foram formalizados e assinados em 14/01/2022 e 06/07/2022 respectivamente, que, somados, alcançam a quantia de R$ 1.773.877,66, o que vem impactando e impedindo que essa OSS honre com os pagamentos assumidos em nome do município para gestão e operacionalização das Upas Norte e Alterosas."

 

Redução de jornada

 

Diante desse impasse, os médicos pretendem tomar medidas, como a redução da jornada.

 

 "Vamos conversar com conselheiro do CRM-MG e com advogados. Se estivermos assegurados, reduziremos os atendimentos, sem deixar, claro, de prestar atendimento em caso de urgência", disse um dos profissionais que não quis se identificar.

 



G1

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