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Todas as pessoas têm suas histórias de vida para contar. E estas histórias conseguem despertar não somente o riso, a lágrima, o encantamento ou o aprendizado, elas podem também fazer aflorar e com grande intensidade, o amor pela arte de escrever e o gosto pela leitura, além da satisfação de recordar e trocar experiências, respeitando as vivências do outro.

Nesse contexto, a Legião da Boa Vontade (LBV) que valoriza o idoso considerando sua história de vida, tem procurado identificar sempre oportunidades que colaboram no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e contribuem para a inserção social e melhora na qualidade de vida dos atendidos.

Por isso, a Instituição recebeu em seu Centro Comunitário de Assistência Social, na capital mineira, nesta segunda-feira, 07, o escritor mineiro J. Cláuver que veio ministrar a palestra “Ler, uma paixão que diverte” para os idosos atendidos pela LBV no Programa Vida Plena.

Com naturalidade e bom humor, Cláuver contou histórias de sua vida, explicou como descreve essas vivências em seus livros e ressaltou o quanto é apaixonado por essa arte: “A leitura é o meu oxigênio. Eu leio desbragadamente. Leio tudo que tenha valor, que tenha substrato para divertir, leituras alegres, amenas e assim eu transfiro para as pessoas também. Até os meus livros eu leio outras vezes”.

O escritor trabalhou por mais de três décadas no exército e hoje se dedica à leitura e produção de novos livros. Conheça algumas das orientações que ele passou aos idosos, incentivando-os à arte de escrever e ler a própria história:

“Pare, olhe no espelho de sua vida o que você fez hoje, certamente fez muitas coisas interessantes, pueris, simplórias. Quando eu sento para escrever, vejo em uma página um fato que não durou mais de cinco minutos. É muito bom, é a experiência de vida de cada um.
Algumas pessoas têm dificuldade de fazer autocrítica. Não tenha dó de si mesmo, com pieguices, seja sincero consigo mesmo, conte a história. Eu conto histórias da minha vida, da vida com os meus amigos, das coisas que eu presenciei, escrevo tudo.
Sempre há tempo. E hoje com a facilidade que nós temos para gravar imagens, sons, é muito bom, depois a gente traduz para o livro e aprimora a linguagem.
Ninguém está velho. Escreva, grave ou peça a um neto para transcrever, eu escrevo e leio diariamente”.

Os idosos gostaram dessa certeza de que toda pessoa tem boas histórias para contar. A atendida Vera Lúcia, 63 anos, ressaltou: “A palestra foi enriquecedora, ele escreve histórias, relembra fatos. Eu costumo relembrar pessoas, detalhes como os que ele contou. Tive vontade anotar porque eu lembro da infância e da adolescência, de pessoas do grupo escolar onde eu estudei, da minha professora alemã, isso me levou a recordar e foi muito bom”.

As lembranças levam as pessoas a se identificarem como participantes de uma mesma vivência. Vejam o que disse a senhora Francisca de Assis, de 80 anos: “Achei muito interessante! Eu morava perto de um colégio onde ele falou que estudou, aí voltaram as lembranças da minha infância. A gente pode ir pensando e daqui uns dias fazer isso [escrever], eu tenho memória boa, gosto de palestra e gosto de ler”. E o que a senhora Francisca tem lido? “Tenho livros do Paiva Netto e leio sempre, eu gosto do jeito que ele escreve e assisto ele na TV, canal 196, acho lindo o coral e as orações, todo dia eu fico assistindo até vir o sono”.

“Sou admirador desta obra que é muito bonita, é uma referência. Parabéns pela continuidade! Uma obra tem que ter vida e a vida depende de quem está administrando. A LBV está só crescendo, graças a Deus, com bons exemplos e prestando um serviço inestimável. Os idosos atendidos aqui são fantásticos! Estas senhoras, a gente vê no semblante delas a felicidade de aqui estarem e eu fiquei muito feliz com tudo isso. Parabéns! Meu coração está com vocês! ”, afirmou com alegria o escritor.


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