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Por Germano Leardi Neto

As pessoas que olham o mercado imobiliário em busca de casas estão atrás de várias coisas. Geralmente, querem um espaço mais amplo para a família, em especial para as crianças brincarem, além de ficar de olho em mais privacidade, já que não é preciso compartilhar o elevador (ou a garagem) com os vizinhos. Quem quer um apartamento, por outro lado, está de olho na segurança e na praticidade. Isso sem falar que os custos de manutenção de apartamento são compartilhados por todos do prédio via condomínio.

 

Ou seja, há público para os dois tipos. Com a explosão de lançamento de prédios por conta do boom no mercado imobiliário (e a política de financiamento facilitada do governo), esses imóveis - apartamentos e casas - apresentam realidades bem diferentes, especialmente nas grandes cidades. A cidade de São Paulo, por exemplo, viu, apenas nos últimos cinco anos, 1 mil novos prédios residenciais serem erguidos. A verticalização agressiva foi um movimento que aconteceu de maneira semelhante nas grandes capitais.

Entretanto, o boom de apartamentos novos parece estar diminuindo. O ano de 2014 fica marcado por uma tendência diferente. O crescimento da economia abaixo do esperado pressionou os preços dos apartamentos novos, que vinham subindo muito acima da inflação, e as construtoras começaram a se mexer para não ficar com unidades paradas. As construtoras começam a apostar agressivamente em liquidações de imóveis. Para se ter uma ideia, a capital paulista lançou 2,1 mil unidades habitacionais em agosto, um recuo de 30% em relação ao ano anterior.

E o que isso significa? Com menos novos no mercado, a tendência é de uma estabilização dos preços dos mais antigos. Alguns especialistas defendem até valores menores, o que pode ser especialmente interessante para os clientes que buscam morar em regiões mais centrais, próximas das estações de Metrô ou avenidas nas grandes capitais.

Do outro lado, as casas também aproveitaram o aumento na procura de imóveis e viram seus preços subirem exponencialmente. É possível dividir as casas basicamente em dois modelos: no primeiro, ficam as que sobreviveram ao processo de verticalização em bairros com bom preço de metro quadrado e que são vendidas por altos valores, enquanto outras, mais afastadas, podem ser compradas por valor menor e podem ser uma boa pedida para quem quer mais tranquilidade - embora a questão da segurança pode dar dor de cabeça.

Pegando o bairro mais valorizado de São Paulo, a Vila Nova Conceição, onde a média do metro quadrado é de 14,2 mil reais, os interessados por uma casa dificilmente vão desembolsar menos de um milhão de reais por ali. E quando falamos em mansões (casas com mais de mil metros quadrados e bem localizadas), o preço sobe a um outro patamar. Em oito grandes estados brasileiros, comprar esse tipo de imóvel exige uma quantia entre 8 e 20 milhões de reais.

Contudo, sabemos que o mercado imobiliário não vive só de compra e venda. A locação de imóveis também é forte e pode ser uma opção para quem não quer investir muito dinheiro para adquirir uma residência. E nesse caso, a vantagem fica com as casas (pelo menos para os proprietários). De acordo com o último levantamento do Sindicato da Habitação de São Paulo (SECOVI-SP), de setembro de 2014, as casas vagas são alugadas mais rapidamente. A velocidade média para que elas sejam alugadas é de 15 a 35 dias, contra um período de 21 a 43 dias para ocupação de apartamentos.

Germano Leardi Neto é diretor de relações institucionais da franqueadora imobiliária Paulo Roberto Leardi.

Sobre a Paulo Roberto Leardi:
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