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250 milhões de pessoas sofrem com as crises de asma, que poderiam ser prevenidas com o cuidado do médico de família e comunidade

Cerca de 250 milhões de pessoas sofrem de asma no mundo de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). Quando mal controladas, as crises podem levar a faltas no trabalho e na escola, internações e, nos casos mais graves, à morte. Para o Dia Mundial de Controle da Asma, 21 de junho, Ademir Lopes Junior, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), explica que a asma é uma doença potencialmente grave, mas o paciente pode levar uma vida normal quando bem orientado sobre o tratamento e prevenção das crises por um médico de família e comunidade.

A asma é uma inflamação crônica no pulmão que reduz a passagem de ar pelas vias aéreas causando dificuldade respiratória. O diagnóstico de asma se faz no acompanhamento do paciente que apresenta crises recorrentes de tosse, falta de ar ou chiado no peito. O tratamento envolve o uso de jatos inalatórios (popularmente chamados "bombinhas") para prevenção e tratamento das crises e o controle dos desencadeantes ambientais como ácaros, fungos, tabaco e ar seco. 

"Um dos principais motivos para o mal controle das crises de asma é o uso incorreto das ‘bombinhas’ e os mitos sobre a doença. Alguns pacientes acham que a medicação inalatória vicia, outros que o uso recorrente pode trazer problemas cardíacos, e muitos usam o spray de forma inadequada e a medicação não chega até o pulmão”, ressalta Lopes Junior.

O diretor da SBMFC explica que a asma é uma doença frequente na população, geralmente com outros casos na família. “O profissional adequado para cuidar de um paciente com asma é o médico de família. O tratamento consiste em diagnóstico precoce das crises, educação sobre os fatores ambientais, o uso correto da medicação e uma relação de confiança que permita ao paciente esclarecer suas dúvidas, só com o cuidado centrado na pessoa é possível atingir bons resultados no controle da doença”.

Quem é o médico de família e comunidade (MFC)?

A medicina de família e comunidade é uma especialidade médica assim como a cardiologia, neurologia e ginecologia. O médico de família e comunidade é o especialista em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da atenção primária à saúde. O MFC acompanha as pessoas ao longo da vida, independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde. Esse profissional atua próximo aos pacientes antes mesmo do surgimento de uma doença, realizando diagnósticos precoces e poupando os pacientes de intervenções excessivas ou desnecessárias. 

É um clínico e comunicador habilidoso, pois utiliza abordagem centrada na pessoa e é capaz de resolver pelo menos 85% dos problemas de saúde, manejar sintomas inespecíficos e realizar ações preventivas. É um coordenador do cuidado, trabalha em equipe e em rede, advoga em prol da saúde dos seus pacientes e da comunidade. Atualmente há no Brasil mais de 3.200 médicos com título de especialista em medicina de família e comunidade.


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